Casamento Comunitário reúne 180 casais em Açailândia
Publicado em 26/11/2016 às 09:18
Por: Isisnaldo Lopes

AÇAILÂNDIA - O templo da Assembleia de Deus na cidade de Açailândia – distante 563 km de São Luís – foi o palco da cerimônia que reuniu cerca de 500 pessoas, na celebração de matrimônio de 180 casais da comunidade, durante a 7ª edição do projeto “Casamentos Comunitários”.

A solenidade foi aberta pelo presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), desembargador Cleones Cunha, e teve a coordenação do juiz titular da Comarca de Açailândia, André Bogéa. Autoridades locais e representantes da comunidade prestigiaram o evento.

“Participo sempre com muita alegria das solenidades de casamentos comunitários. Já realizamos mais de 100 mil casamentos desde 1998, quando o projeto foi iniciado na gestão do então corregedor geral da Justiça, desembargador Jorge Rachid”, ressaltou o presidente do TJ-MA.

Cleones Cunha enfatizou que o projeto não se trata de casamento coletivo, mas de caráter comunitário, uma vez que o sacramento é feito em conjunto e o casal manifesta o seu desejo pelo matrimônio. “Cada um manifesta seu consentimento, cada casal responde se deseja casar, o momento é único para cada um dos noivos”, explicou.

Sete juízes do polo de Imperatriz ajudaram na realização da cerimônia. Entre os parceiros do Judiciário na solenidade incluem-se a Prefeitura de Açailândia e comerciantes locais, que doaram brindes sorteados entre os nubentes. “É o sétimo ano que realizamos um projeto que já faz parte do calendário da cidade. Ao total, realizamos mais de 1.500 casamentos. Ficamos satisfeitos de promover esta ação. Agradeço a todos que colaboraram para este momento de alegria”, frisou o juiz Andréa Bogéa.

O magistrado lembrou ainda outras duas cerimônias de casamentos comunitários foram realizadas no Termo Judiciário de São Francisco do Brejão – no dia anterior à cerimônia de Açailândia –, e no Termo Judiciário de Cidelândia, na última terça-feira (22).

Casamentos

Com quase 50 anos de convivência, Francisco Lucena Lima (76 anos), e Raimunda Gomes Pereira (62 anos), formavam o casal mais idoso da cerimônia. “Finalmente realizamos um sonho”, disse o noivo, que é lavrador. “Temos nove filhos juntos e há tempos queríamos casar de verdade”, ressaltou a noiva. A união entre eles foi celebrada pelo juiz Adolfo Pires da Fonseca, titular da 2ª Vara de Família de Imperatriz.

O juiz José Francisco de Sousa Fernandes, titular da Vara única de Paraibano, celebrou a união do casal mais jovem da cerimônia, Raí da Costa Silva (22 anos), e Maria Vitória de Jesus Reis (16 anos).Juntos há um pouco mais de um ano, eles disseram estar preparados para o sacramento.

“Éramos vizinhos, a igreja nos aproximou, começamos a namorar, resolvemos morar juntos e aproveitamos a oportunidade para casar”, revelou o noivo, que acabou o ensino médio e trabalha como montador de móveis.

Gratuidade

Todos os atos de registro civil necessários à realização dos casamentos foram gratuitos para os noivos, que foram dispensados do pagamento das taxas referentes às despesas cartorárias por meio do projeto “Casamentos Comunitários”, promovido pela Corregedoria Geral da Justiça desde 1999.

Os custos dos processos de habilitação, o registro e as certidões serão ressarcidos aos cartórios pelo Poder Judiciário, com recursos do Fundo Especial das Serventias de Registro Civil das Pessoas Naturais do Maranhão (FERC), que tem a finalidade de captar recursos financeiros para assegurar a gratuidade dos atos de registro civil praticados pelas serventias extrajudiciais do Maranhão.

 

 

 

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