As revisões tarifárias extraordinárias, que serão aplicadas a partir de
março às distribuidoras de energia elétrica, podem chegar a 26% para as
regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Isso porque, além do valor das
cotas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que devem impactar
em 19,97%, há ainda o impacto do aumento das tarifas da usina de Itaipu,
calculado em cerca de 6%.
Mas, segundo o diretor-geral da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, outros
fatores podem impactar as revisões, tanto para mais como para menos.
“Cada empresa tem a sua cota de Itaipu, e a CDE é proporcional ao
mercado”, explicou. Ele também lembrou que haverá uma audiência pública
para debater os valores finais da CDE.
As distribuidoras do Norte
e Nordeste terão aumentos menores, já que os consumidores dessas
regiões não recebem a energia de Itaipu. Além disso, o impacto da CDE no
Norte e Nordeste do país será de apenas 3,89%.
De acordo com
Rufino, os reajustes das tarifas de energia, que ocorrerem no segundo
semestre do ano, deverão ser menores do que os que já começaram a ser
aplicados pela Aneel. Segundo ele, depois que as revisões
extraordinárias forem aplicadas e houver a revisão dos índices de
bandeiras tarifárias, os aumentos da conta de luz baixarão para
patamares menores.
Rufino disse também que se as condições de
pagamento do empréstimo feito às distribuidoras forem modificadas,
poderá haver alteração nos reajustes tarifários já aplicados pela Aneel.
Segundo ele, se os parâmetros forem alterados, a diferença poderá ser
calculada no próximo processo tarifário das empresas. Rufino ressaltou
que as mudanças nas condições do empréstimo estão sendo estudadas pelo
Ministério da Fazenda, bem como a possibilidade de uma nova parcela do
empréstimo.
Na manhã desta terça-feira (3), a Aneel autorizou o
reajuste tarifário para seis distribuidoras, com índices que passaram de
40% de aumento.
Com informações do J. O Imparcial