Indústria da Construção Civil finalizou ano em queda no Maranhão
Publicado em 12/02/2015 às 21:49
Por: Isisnaldo Lopes
A Sondagem da Indústria da Construção, estudo realizado com empresários do setor da construção civil entre os dias 5 e 15 de janeiro de 2015, revelou que o nível de atividade das empresas maranhenses marcou 33,7 pontos em dezembro de 2014, caindo 13,9 pontos em relação ao mês de novembro. Esse índice foi o menor do ano passado. A pesquisa é realizada mensalmente pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Essa variação ocorre geralmente nesta fase de fim do ano, devido à concessão de recessos e férias coletivas aos trabalhadores da construção. Este cenário tende a mudar com o retorno deles às atividades nas indústrias”, explicou o técnico da Fiema, Gleyson Mendes Ribeiro, responsável pela pesquisa.

De acordo com o documento, os níveis de atividade do Nordeste e do Brasil também mostraram recuo no período, se comparado ao mês anterior. O indicador nordestino ficou em 39,6 pontos e o brasileiro em 39,4 pontos. O nível de atividade em relação ao usual e o número de empregados das empresas do Maranhão assinalaram forte queda, com o primeiro caindo para 31,4 pontos e o segundo 39,4 pontos. Já a utilização da capacidade operacional permaneceu em 61%, enquanto os do Brasil e do Nordeste marcaram 66% e 65%, respectivamente.

Um alento para o setor foi a retomada da confiança para os próximos seis meses, destaque para a expectativa do nível de atividade que assinalou 53,6 pontos, apontou o estudo.

Já a margem de lucro operacional das empresas da construção do estado cresceu em 4,6 pontos no quarto trimestre de 2014 em relação ao quarto trimestre de 2013, mas mesmo assim foi insatisfatória, porque marcou 44,8 pontos. Já o indicador brasileiro oscilou negativamente alcançando 38,5 pontos.

A pesquisa ainda registrou que a situação financeira do Maranhão também está abaixo da linha divisória, marcando 46,3 pontos. O índice brasileiro também se caracterizou como situação financeira ruim, ao marcar 41,4 pontos. O indicador nordestino também seguiu a tendência do Maranhão e do Brasil, pois atingiu 44,7 pontos, ficando com uma situação financeira indesejável.

Dentre os maiores problemas enfrentados pelos empresários da construção civil no quarto trimestre de 2014, a elevada carga tributária continua como a mais citada, assinalando 38,5%. Outros problemas que foram muito citados foram a falta de demanda (34,6%) e a taxa de juros elevada (30,8%). No âmbito nacional o problema mais lembrado foi também a elevada carga tributária que atingiu 51,8%.

Construtoras de edifícios, empresas de serviços e de obras de infraestrutura participaram da pesquisa, que está disponível no site da entidade – www.fiema.org.br.
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