MA-Professores são presos por adoção ilegal em Açailândia
Publicado em 17/03/2015 às 18:21
Por: Isisnaldo Lopes
AÇAILÂNDIA – Márcia Lisboa Sampaio, 23 anos, e Fernando Martins da Silva, 26 anos, ambos professores da rede pública de Açailândia, foram presos em flagrante após denúncia de que eles teriam adotados ilegalmente, há quatro meses, uma criança filha de uma jovem de 17 anos.

Segundo o delegado Murilo Lapenda, a menor morou com o casal de professores por três meses e, após o nascimento, ela foi impedida de amamentar a criança e foi expulsa da casa para não criar vínculos com a recém-nascida.

Para a polícia, o casal teve ajuda de uma assistente social no processo ilegal de adoção. “Nós verificamos que há um aliciamento preliminar pela facilidade de acesso que essa profissional teria de chegar às pessoas”, afirmou o delegado.

Durante o processo de adoção, não foram respeitadas os processos legais. Com a prisão do casal, a recém-nascida foi entregue ao Conselho Tutelar e está em um abrigo, junto com a mãe biológica.

“Apesar das denúncias dizerem que tinham maus tratos, a informação principal que levou a prisão do casal é a questão de falsificação de documentos”, disse a conselheira tutelar, Lucinete Freitas.

Esquema

De acordo com as investigações da Polícia Civil, no esquema fraudulento de adoção a mulher grávida, quando chegava ao hospital para ter a criança, apresentava o Cartão SUS da mulher que iria adotar a criança. O documento de nascimento com vida da criança era emitido com o nome da falsa mãe biológica, que procurava um cartório e registrava a criança como filho legítimo.

O delegado Murilo afirmou que esse é o quarto caso de adoção ilegal facilitado por uma pessoa só na área onde os professores foram presos. A polícia investiga a existência de uma rede de adoção ilegal no município de Açailândia.

A direção do Hospital Municipal reconheceu a falha na exigência da documentação e garantiu que, a partir de agora, as mulheres que chegarem ao hospital para fazer parto só serão atendidas com o Cartão SUS e R.G.

Apesar da prisão em flagrante dos professores, eles ganharam o direito de responder o processo em liberdade.

Do Imirante - ITZ/TV Mirante de Açailândia
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