Empresas que operam no ramo da siderurgia no Maranhão diminuem a produção
Publicado em 06/04/2015 às 05:54
Por: Isisnaldo Lopes
A crise no setor industrial que levou ao fechamento das linhas de produção de alumínio da Alcoa-Alumar atinge também as siderúrgicas. Das sete empresas do ramo que operam no Maranhão, três já fecharam as portas. Entre elas, a Margusa, que atuava no setor local há 17 anos e estava instalada em Bacabeira. A empresa anunciou encerramento das atividades no fim do mês passado. A causa desta crise é a falta de mercado para o ferro­gusa, matéria-prima do aço; e baixa no valor do produto. Os fechamentos vão ocasionar cerca de 2.500 demissões e causar impacto direto a pelo menos 15 mil pessoas, incluindo terceirizadas, fornecedores e familiares dos trabalhadores. “Conversamos com representantes do governo e classe empresarial para encontrar uma forma de prestar socorro às indústrias”, ressaltou o presidente do Sindicato das Indústrias de Ferro Gusa do Estado do Maranhão (Sifema), Claúdio Azevedo. Segundo ele, esta é a pior crise no setor em sete anos.
Com a quebra da Margusa, 500 funcionários foram demitidos. A produção de ferro-gusa girava em torno de 240 mil toneladas mensais. O presidente da Sifema analisa que esses fechamentos e demissões afetarão não apenas os trabalhadores diretos e suas famílias, mas uma série de outras áreas. Ele aponta que a siderurgia encabela uma cadeia produtiva que vai do plantio e colheita de eucalipto passando pela produção de carvão até o transporte. “Ou seja, de cada emprego gerado na siderurgia outros cinco são criados”. Em Açailândia a situação também é crítica e as empresas que permanecem produzindo operam com apenas 30% da capacidade. São as siderúrgicas: Gusa Nordeste, Viena, Pindaré e Guarani (antiga Simasa), que também ameaçam ceder à crise. A situação já causou o desemprego de cerca de 150 trabalhadores desde janeiro deste ano. Desde o início da crise, em 2008, o setor de siderurgia de Açailândia diminuiu em pelo menos três mil o número de operários, metade do que possuía há seis anos.
O caso de Açailândia traz à tona um período em que, no auge do setor de ferro gusa, o município se destacou regionalmente com o melhor índice de desenvolvimento humano (IDH) e o segundo em arrecadação de impostos no Maranhão. A siderurgia também foi responsável pela geração de empregos e negócios no município, atraindo empresários de todas as regiões do país. As demais guserias que fecharam as portas no Maranhão foram a Companhia Siderúrgica do Maranhão (Cosima), localizada em Pindaré-Mirim, e a Ferro Gusa do Maranhão (Fergumar), que funcionava em Açailândia.


Com informações do J. O Imparcial e Isisnaldo Lopes 
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