UM HOMEM QUE ESTAVA EM CAMINHONETE CAI EM EROSÃO (VOÇOROCA) NA CIDADE DE BURITICUPU. VEJA OS RESGATE
Publicado em 03/05/2023 às 11:08
Por: Isisnaldo Lopes


Um policial militar aposentado sofreu fraturas após cair em uma das voçorocas de Buriticupu que ameaçam 'engolir' parte do município ao longo dos últimos 30 anos. Nesse período, três ruas e mais de 50 casas já caíram nas crateras que crescem a cada ano.

A vítima se chama José Ribamar Silveira que, segundo testemunhas, caiu de uma altura de aproximadamente 80 metros. O acidente aconteceu na Vila Isaías, durante a madrugada, mas a vítima só foi resgatada por volta das 7h da última terça-feira (2).

"Ele é conhecido como 'Tenente Silveira' e caiu com o carro particular dele. Está no hospital e o caso requer cuidado, pois teve algumas fraturas", afirmou o coronel Diniz, que comanda o Batalhão de Polícia Militar em Buriticupu.

José Ribamar foi encaminhado para uma Unidade de Pronto-Atendimento. Dentre os ferimentos, a vítima teve um braço quebrado e uma fratura exposta no pé esquerdo. Um vídeo (veja acima) mostra o momento do resgate. Ele foi transferido para um hospital de São Luís.

Perigo das voçorocas

O problemas das voçorocas de Buriticupu é antigo, mas veio à tona este ano por conta da chegada do período chuvoso que fez aumentarem as enormes crateras no município.

A prefeitura possui apenas uma Coordenadoria de Defesa Civil, com poucos servidores, para acompanhar o caso ou fazer um planejamento de como retirar as famílias.

A cidade tem mais de 70 mil habitantes e o prefeitura diz que depende de órgãos estaduais e federais para mapear as áreas de risco e planejar ações para os períodos de chuva, quando os deslizamentos se agravam.

"Buriticupu não tem inviabilidade financeira de controlar aquela situação porque passa por indenização de imóveis, construção de novas moradias, conjuntos habitacionais... serviços de drenagem, então é uma situação complexa", afirmou o prefeito João Carlos, ao g1 Maranhão.

As frentes nacional e estadual da Defesa Civil estiveram no local e foi delimitada uma área de 50 metros das margens da voçorocas em que as famílias precisam ser retiradas, o que contabilizou 220 famílias.

"O principal gargalo é porque é diferente de uma enchente, no qual o rio sobe, baixa, e as pessoas voltam pra casa. No caso das voçorocas, precisamos de uma nova área para remanejar as famílias e estamos esperando uma portaria no Diário Oficial da União para gente poder ter a liberação de recursos para a construção de um novo habitacional para essas famílias", justifica João Carlos.

 

 

G1/MA e Isisnaldo Lopes

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