Aumentam casos de exploração sexual infantojuvenil em ITZ
Publicado em 19/05/2014 às 07:01
Por: Isisnaldo Lopes

IMPERATRIZAté a última quinta-feira (15), o Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) havia registrado 74 casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes em Imperatriz. As vítimas estão na faixa etária que compreende de dois anos e 12 anos de idade.

Ainda, conforme os dados divulgados pelo Creas o número de casos, nos cinco primeiros meses de 2014 ultrapassou os 54 casos registrados no ano anterior.

Para alertar a sociedade sobre a grave situação, os dados foram divulgados na Semana do Combate e Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes em Imperatriz, que foi marcada por palestras, mobilizações, pit-stop com panfletagem e encerra hoje (18), com um passeio ciclístico realizado pelo Fórum de Justiça de Imperatriz.

A psicóloga Débora Martins conta os desafios de tratar a criança e o adolescente que sofreram abuso sexual. Segundo ela ’’é um trabalho bem difícil, principalmente, as de menor faixa etária (a partir de um ano), pois precisamos tentar uma intervenção para que as crianças conversem".

Para a psicóloga Débora, com "as de maior faixa etária, o medo se torna o pivô do silêncio, pois elas sofrem ameaças, tem receio de contar e do que a mãe e familiares vão achar’,’ explica.

Conforme a psicóloga, os fantoches são muitos utilizados no tratamento para que as crianças possam criar um vínculo de confiança com o profissional e conversem sobre os casos de abuso.

Mudança na lei

Foi aprovado na quarta-feira (14), na quarta-feira (14), pelo plenário da Câmara e encaminhado para sanção presidencial um projeto de lei que torna o crime de abuso sexual de crianças e adolescentes inafiançável. Além de que, os condenados não poderão ter o direito à anistia, indulto, ou, até mesmo, a liberdade provisória.

18 de Maio

O Dia Nacional do Combate à exploração sexual foi escolhido devido ao caso de uma menina de oito anos de idade que foi sequestrada, violentada e assassinada no dia 18 de maio de 1973, no Espírito Santo.

Os agressores eram jovens de classe média alta que não foram punidos. O corpo da menina foi encontrado seis dias depois, carbonizado. O crime ficou conhecido como ’’Caso Araceli’’. E, como forma de conscientização, foi aprovada a Lei Federal nº. 9.970/2000.

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