A Central de Inquéritos e Custódia concedeu, na ultima quinta-feira (31), prisão domiciliar à que havia sido presa por vender brigadeiros recheados com maconha, em Imperatriz. A decisão, assinada pela juíza Denise Pedrosa Torres, teve como base o princípio de proteção à infância, já que a autuada tem uma filha de 4 anos que depende dela.
A juíza também levou em consideração a ausência de antecedentes criminais contra a jovem. “A quantidade de maconha apreendida aparentemente é incerta, porque estaria misturada com manteiga, leite condensado e outros ingredientes dos doces”, diz a decisão.
Agora, a mulher precisará cumprir as seguintes medidas cautelares:
Comparecimento bimestral em fórum, com início em outubro, para informar e justificar suas atividades pelo prazo de um ano;
Proibição de frequentar locais onde exista a consumação e venda de bebidas alcoólicas; bares; boates; casas de shows; bocas de fumo e/ou ambientes semelhantes, pelo período de um ano;
Proibição de se ausentar da comarca por prazo superior a 15 dias, sem prévia autorização judicial, pelo prazo de um ano;
Recolhimento domiciliar noturno, das 22h às 6h do dia seguinte, pelo período de seis meses. Se ela conseguir um trabalho fixo, ela precisa juntar informações nos autos e pedir autorização judicial para adequar os horários;
Monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica, pelo prazo inicial de 100 dias, sem prejuízo de eventual prorrogação;
Retirar imediatamente das suas redes sociais qualquer referência a venda de doces contendo entorpecentes.
RELEMBRE O CASO
Uma mulher foi presa, nesta quinta-feira (10), em Imperatriz, após ser flagrada vendendo brigadeiros recheados de maconha. Segundo as investigações, ela divulgava o produto nas redes sociais e tinha até uma logomarca. A acusada também fazia postagens sobre os efeitos causados em quem comia o doce.
Nas publicações, a mulher explicava que os efeitos de ingerir a maconha, invés de fumar, poderiam ser um pouco mais lentos para começar, mas seriam muito mais intensos e duradouros. Ela recomendava, ainda, que caso os clientes estivessem ingerindo o doce com THC pela primeira vez, tivessem “cuidado com a dose”.
As investigações também apontaram que a mulher entregava os brigadeiros pessoalmente ou por meio de aplicativos de delivery. Os policiais apreenderam 11 brigadeiros produzidos à base de maconha, um pote com maconha utilizado no preparado dos “doces”, uma porção de maconha, balança de precisão e caderno com a contabilidade das vendas.