Após as recentes apreensões da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (Setran), motociclistas de aplicativo se reuniram, na noite de ontem (23/05), para uma manifestação pacífica a favor da regularização da atividade, em Imperatriz. Os manifestantes saíram da Avenida Babaçulândia, passando por algumas das principais ruas e avenidas do Centro da cidade, com destino final a Beira-Rio.
Juntos, os motociclistas discutiram sobre as dificuldades enfentadas atualmente para exercerem a atividade na cidade. “As coisas ficaram mais complicadas para a gente. Agora, a prefeitura tem feito fiscalização quase todos os dias e eu mesmo estou evitando sair porque tenho mede deles pegarem minha moto. É meu único meio de trabalho”, disse um dos manifestantes.
A situação também gerou revolta em passageiros que utilizam os serviços diariamente. “Eu apoio a legalização dos motociclistas de aplicativo porque eles oferecem uma opção de transporte mais barata e rápida. A prefeitura tem que legalizar o trabalho deles”, disse uma passageira que presenciou a manifestação.
Na manhã de hoje, o prefeito Assis Ramos se reuniu com mototaxistas na Prefeitura de Imperatriz para discutir sobre o transporte de passageiros. Na reunião, o prefeito disse que não vai recuar com as fiscalizações da Setran. O prefeito disse, ainda, que as ações do município estão garantindo que os mototaxistas, que são legalizados, continuem trabalhando.
Esta é a segunda manifestação da classe na cidade, nesta semana. Na quarta-feira (22), os motociclistas de aplicativos se reuniram para se manifestar contra a operação da Setran. A manifestação ficou concentrada na Avenida Dorgival Pinheiro de Sousa. Os motoristas começaram a gritavam frases contra a operação e, em seguida, se dirigiram para manifestar em frente à sede da Setran.
Somente na segunda-feira (20), seis motocicletas foram apreendidas por agentes de trânsito.
ILEGALIDADE
Apesar das várias discussões para a regularização dessa atividade, os serviços de transportes por motos de App continua ilegal em Imperatriz. De acordo com a Setran, a operação está sendo realizada em pontos estratégicos em toda a cidade e não tem prazo para terminar.
Ainda segundo o órgão, esses serviços são ilegais pois não tem nenhum amparo na Lei Federal e não tem a regularização no município para funcionar. A Setran afirma que a prática é considerada ilegal segundo o artigo 231 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que estabelece infração gravíssima para casos em que ocorre o transporte de pessoas, quando o veículo não for licenciado para este fim.
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