A Justiça do Maranhão levará a júri popular, no Fórum Henrique de La Roque, nesta quinta-feira (30), o ex-policial militar do Maranhão, Adonias Sadda, acusado de matar o médico Bruno Calaça dentro de uma boate, em Imperatriz. O crime aconteceu no dia 26 de julho de 2021.
Câmeras de segurança registraram o momento em que Bruno foi baleado e morto por Adonias Sadda, que era soldado lotado no 3º BPM, em Imperatriz, na época. O réu foi preso e expulso da corporação após o crime. As imagens mostram Bruno Calaça sentado em um palco conversando com algumas pessoas. Em seguida, é surpreendido por Adonias Sadda. Eles se empurram e o soldado atira. Antes de cair, Bruno diz algo ao suspeito.
Além de Adonias Sadda, também respondia pela morte de Bruno Calaça o bacharel em Direito Ricardo Barbalho. Nas imagens que registraram a ação, ele aparece junto com o ex-PM e uma terceira pessoa, o empresário Waldex Cardoso, conversando antes dos três partirem para cima de Bruno. Os dois suspeitos também serão julgados, entretanto, tiveram os processos desmembrados e ainda não há previsão de quando o julgamento deve ocorrer.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA) entende que a morte de Bruno foi motivada por causas banais. O Promoto responsável pelo caso, Carlos Rostom, afirma que decisão de pronúncia do ex-PM transitou em julgado, o que significa que não há mais possibilidade de recursos contra essa decisão, estando ele apto para ir a julgamento.
A expulsão do agora ex-PM aconteceu depois da decisão do Conselho de Disciplina da Polícia Militar do Maranhão, que acatou a denúncia contra Adonias Sadda. O boletim geral nº 218, de 23 de novembro de 2021, frisou que Adonias foi excluído da PMMA “por ter tido conduta que afetou a honra pessoal, o decoro da classe e o pundonor militar e ainda por contrariar o art. 40, incisos I, III, IV, XI, XII, XV e XVIII, da Lei n. 6.513/1995”.
Amigos e familiares pedem justiça nas redes sociais. Os irmãos de Bruno lamentaram a morte e publicaram o quanto ele estava feliz com a formatura, há cerca de 10 dias antes do homicídio.
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