O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) de 14,75% para 15% ao ano, contrariando parte do mercado que esperava a manutenção do índice. A decisão foi unânime e representa o sétimo aumento consecutivo desde setembro de 2024.
Segundo o BC, a medida visa conter a inflação, que acumula alta de 5,32% em 12 meses, acima do teto da meta de 4,5%. Apesar da desaceleração recente dos preços, pressões em itens como energia e alimentos seguem elevadas, o que justifica o aperto monetário.
Desde o início do atual ciclo de alta, a Selic já subiu 3,25 pontos percentuais. A expectativa de parte dos analistas é que esse seja o último aumento, com possibilidade de estabilidade nos próximos encontros do Copom, caso a inflação continue cedendo.
A alta da Selic encarece o crédito e pode afetar o crescimento econômico. O Banco Central prevê avanço de 1,9% no PIB de 2025, enquanto o mercado projeta 2,2%. A política monetária mais restritiva deve continuar influenciando o consumo e os investimentos no curto prazo.
