Agronegócio no MA deixa de faturar R$1 bi por causa do clima, diz IBGE
Publicado em 19/07/2016 às 07:12
Por: Isisnaldo Lopes

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que houve uma queda de 16,5% no faturamento do agronegócio maranhense no primeiro semestre deste ano. O impacto mais negativo foi na produção de grãos. A região sul do estado deixou de faturar mais de R$ 1 bilhão.

O Maranhão está entre os estados do nordeste com as maiores reduções do valor bruto da produção por causa da pior estiagem dos últimos anos que atingiu principalmente as regiões sul e sudoeste, onde estão as grandes lavouras de soja e milho, e mais da metade do rebanho bovino.

No caso da soja, principal produto agrícola de exportação, a redução foi de 35%. Na prática deixaram de ser colhidas mais de um milhão de toneladas de grãos. A quantidade equivale ao carregamento de 18 navios no Porto do Itaqui.

Com menos soja no campo, o movimento de caminhões que transportam a safra também diminuiu. No ano passado, nesse mesmo período, os pátios dos armazéns estavam lotados, mas agora não tem quase nenhum caminhão. Em anos de boa safra pelos menos dez mil caminhoneiros vêm de todas as regiões do país para transportar a safra.

O caminhoneiro Isnaldo Santos é de Pernambuco. Ele alega que além da dificuldade de encontrar os fretes está difícil manter os compromissos em dia. “Quem está tendo condições de manter os caminhões está chegando em casa e está encostando porque não tem condições de manter. Vou pagar a letra dele parado porque não tem condições de ficar rodando de graça para os outros” , disse.

A maioria dos agricultores está tentando renegociar as dívidas com os bancos e ainda conseguir dinheiro para financiar a próxima safra. Mas, segundo o presidente do Sindicato dos Produtores de Balsas(SindiBalsas) a burocracia tem atrapalhado esse processo.

“É muito difícil porque tu planejas qualquer negócio tu contas com o faturamento daquilo que tu vais produzir. A partir do momento que tu tiveste uma frustração de mais de 60% na atividade, tu tens que buscar outras fontes para poder cobrir”, disse Jorge Salib.

 

 

 

Do G1/MA

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