Número de mortes violentas cresce no Maranhão; governo se manifesta
Publicado em 31/10/2017 às 07:12
Por: Isisnaldo Lopes

O número de mortes violentas intencionais no Maranhão teve crescimento de 2% entre 2015 e 2016, segundo dados do 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O índice, que passou de 2.280 para 2.342 casos registrados no período, leva em consideração os crimes de homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, mortes de policiais (em serviço e fora de serviço) e mortes decorrentes de intervenção policial. As informações foram divulgadas pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O governador do Maranhão, Flávio Dino, comentou o assunto em seu Twitter abordando a redução de 20% da criminalidade no mesmo período em São Luís.

A tabela de dados completa pode ser conferida neste link.

Desses crimes, os homicídios dolosos passaram pelo maior aumento, com 2.007 casos em 2015 e 2.071 casos de 2016, ou seja, 64 casos a mais de um ano para o outro. Também aumentaram os registros de mortes decorrentes de intervenção policial, com 38 casos a mais (89 em 2015 e 127 em 2016), além de mortes de policiais em serviço, que passaram de 2 para 3 casos entre 2015-2016.

Contudo, apesar do aumento no número geral desses tipos criminais, registros de latrocínios, lesão corporal seguida de morte e morte de policiais fora de serviço tiveram queda. Foram 117 latrocínios em 2015, para 113 em 2016, e 67 casos de lesão corporal seguida de morte em 2015, para 31 no ano passado. Já as mortes de policiais (civis e militares) fora de serviço passaram de 6 (2015) para apenas 2 casos em 2016.

Governo diz, em nota, que houve quedas nos índices de criminalidade – leia na íntegra 

Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-MA) informa que “o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado nesta segunda-feira (30), registrou queda de 20,5% nos crimes violentos letais intencionais em São Luís, entre 2015 e 2016, a quarta maior redução entre todas as capitais do Brasil. O anuário também registra outras quedas nos índices de criminalidade. Os homicídios na capital maranhense, por exemplo, caíram 15,4%. O crime de lesão corporal seguida de morte diminuiu 63,9% e os latrocínios tiveram redução de 52,5%.

O Governo do Maranhão vem adotando medidas concretas no combate à criminalidade no Estado. Em três anos de gestão, o sistema de segurança recebeu um incremento de 26,9% no efetivo policial, chegando à marca histórica de 12 mil agentes em atuação. As efetivações são parte do plano de reestruturação das polícias que, além do reforço pessoal, receberam mais de 4 mil promoções, em um inédito programa de valorização das categorias, e agora contam com o acréscimo de 833 novas viaturas.

Os investimentos no setor também permitiram a criação das Superintendências Especializadas nos crimes de maior demanda – cujas investigações de homicídios estão contempladas; a descentralização da atividade policial; a instituição do Pacto pela Paz; e a maior integração entre polícia e sociedade, fator contribuinte para a queda nos indicadores de violência.

O Estado também investiu na transparência dos dados. Até 2015 havia um alto índice de subnotificações registradas fora da Capital. Isso significa que os crimes cometidos no interior nem sempre entravam para as estatísticas. Ciente da deficiência, a atual gestão corrigiu a aferição de dados com a criação da Unidade de Estatística e Análise Criminal da SSP. Além disso, incluiu 18 representantes de estatísticas nas Unidades Regionais para obter os números exatos da criminalidade no interior do Estado”.

2017

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), neste ano já foram registrados 440 ocorrências de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) na área da Grande São Luís, que abrange a capital maranhense e os municípios de São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar.

Apenas 400 casos são de homicídios dolosos, já 19 foram resultado de roubo seguido de morte e 18 de lesão corporal seguida de morte.

Ainda segundo estatísticas da SSP-MA, entre os meses de setembro e outubro, o número de CVLIs aumentou de 34 para 54.

Brasil

Os dados do Maranhão acompanham um crescimento nacional. Em 2016, 7 pessoas foram assassinadas a cada uma hora em todo o país. Neste período foi registrado o maior número de mortes violentas intencionais já contabilizado no Brasil, com um total de 61 mil casos, um crescimento de 3,1% em relação a 2015.

Os mais de 61 mil assassinatos cometidos no Brasil equivalem, em números, às mortes provocadas pela explosão da bomba nuclear que dizimou a cidade de Nagasaki, em 1945, no Japão.

A maior parte das ocorrências foi registrada no período da noite (38,7%), seguido da tarde (23,4%), manhã (23,2%) e por fim, madrugada (14,6%).

As vítimas são, em sua maioria, negras (56%) e brancas (43%). Apenas 1% dos casos aconteceram com pessoas de outras etnias.

Os homens também são a maioria: 98,2% das mortes tiveram vítimas do sexo masculino, em comparação a 1,8% do sexo feminino.

 

 

 

 

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