Maranhão tem redução de 12% nos casos de gravidez em adolescentes
Publicado em 11/02/2020 às 06:00
Por: Isisnaldo Lopes

De acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS), o Maranhão teve uma queda de 12,74% no número de adolescentes grávidas nos últimos dois anos. Os dados apontam que foram registrados 25.361 casos de gravidez em jovens em 2019 e em 2018, foram mais de 29 mil.

Segundo o Ministério da Saúde, em 2017 no estado, mais de 26 mil bebês nasceram de mães com idades de 15 a 19 anos, já em 2015, o número ultrapassou os 28 mil. O relatório da última Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), mais de 21 mil adolescentes com menos de 15 anos foram mães em 2018.

 

Cerca de 20% das meninas com idades entre 10 e 19 anos que engravidam deixam de estudar, o que aponta a pesquisa do EducaCenso de 2019, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), realizada em cerca de metade das escolas privadas e públicas do Brasil.

Estão entre as mães mais jovens, com idades até 18 anos, as maiores taxas de mortalidade infantil, com 15,3 óbitos, para cada mil nascidos. O número supera a taxa nacional que atualmente, é de 13,4.

Um estudo da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) mostra que a gravidez na adolescência ocorre com maior frequência entre meninas com maior escolaridade e renda, menor acesso a serviços públicos e em situação de vulnerabilidade social.

 

Riscos
Especialistas alertam que a depressão durante a gestação e após o parto são um dos principais riscos durante a gravidez na adolescência. O problema, pode causar a possibilidade de parto prematuro e o aumento da pressão arterial. É importante também que adolescente tenha acompanhamento médico adequado, realize todos os exames durante o pré-natal e seja acolhida pela família.

Ações de redução
Em meio as reduções nos dados no Brasil, o governo federal lançou na última semana a nova Campanha Nacional de Prevenção à Gravidez na Adolescência. A campanha foi criticada antes mesmo do lançamento, já que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos disse que seria baseada no incentivo à abstinência sexual.

Para o Ministério da Saúde, a campanha é um alerta para abordar o tema da gravidez principalmente entre adolescentes com menos de 15 anos, que possuem dados expressivos.

No Maranhão, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que a redução das gestações precoces tem relação com políticas educativas e ações para o planejamento reprodutivo que são executadas pelo governo. Dentre elas, estão atividades educativas dentro das Unidades Básicas de Saúde (UBS), de educação sexual e direitos reprodutivos.

 

 

 

 

g1/ma

 

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